28.6.06

Últimos Dias!!!

Olá a todos! No momento estou em Lisboa outra vez, me preparando para voltar pra casa amanhã! Está muito quente, chega a fazer 38 graus à tarde! E olhem que legal: acentos!!! (mesmo assim estou com raiva do computador; ele toda hora faz coisas sem você mandar - tipo selecionar texto e fazer você apagar um monte de coisas que acabou de escrever...)

De Paris eu peguei um avião (Easyjet) para Londres, onde fiquei dois dias. Depois fui para Oxford ver o Elton John ao vivo. Foi muito legal! No começo ele parecia uma formiguinha no palco, mas depois eu consegui ir lá pra frente. Preciso aprender a letra de The Bitch is Back! hahaha

De Oxford, fui para Dublin. Tive que pegar o trem pra Londres para pegar o metrô para pegar o expresso até o aeroporto para finalmente pegar o avião para Dublin. Ufa! E o fato de várias linhas e trechos do metrô de Londres estarem paradas (o que é muito comum) não ajudou; eu cheguei cinco minutos antes de fechar o check-in, tremendo, morrendo de fome (não tinha tomado café)... Mas, no fim, deu tudo certo e eu cheguei na terra do U2!!!

Estava bem mais frio na Irlanda... Eu tirei fotos da estátua de Oscar Wilde, comprei chocolate com recheio de Bailey´s (ainda prefiro o da Cristallo) e ouvi a música Seven Drunken Nights (que só fala de cinco noites, na verdade) várias vezes. Além de Dublin, passei dois dias em Galway (que achei bem mais bonitinha), onde assisti um espetáculo de dança típica (tipo Riverdance, sabem?), vi um garoto numa praça brincando com uma bola de cristal que nem o Jareth faz (eu sempre esqueço de comentar com a Verena, então escrevo aqui...) e fiz uma excursão até os Cliffs (penhascos) of Morray, uma vista fantástica. Também tomei cerveja Guiness, a melhor, ou melhor dizendo, a única boa cerveja do mundo!

Depois voltei para Dublin, de onde peguei um avião para Glasgow, na Escócia (Escócia...). Estava chovendo quando cheguei lá; me lembrei do vocalista do Travis no dvd ("What? A sunny day in Glasgow?"). Só vi Glasgow da janela do ônibus, pois logo que cheguei fui para a estação pegar o trem para Stirling, uma cidadezinha histórica onde ocorreram diversas batalhas e há um dos castelos mais famosos do país, além de um monumento a William Wallace (que só pude ver por fora, mas tudo bem porque fica no alto de uma montanha com uma vista maravilhosa para a cidade e no meio de uma floresta cheia de coelhos. Vi muitos coelhos na Escócia).

Depois eu fui para Inverness, capital das Highlands ou Terras Altas (terra do kilt!), de onde fiz um passeio até o Lago Ness, que é muito lindo. Pena que não deu pra fotografar a Nessie, eu recuperaria todo o dinheiro da viagem!

Por fim, passei três dias em uma das cidades mais lindas do mundo: Edimburgo!!! No começo estava frio e a cidade estava coberta de névoa - um clima bem escocês, portanto - mas, no terceiro e último dia, algo inesperado aconteceu: abriu o sol e fez calor! Eu vi um dia de sol em Edimburgo! O albergue ficava fora do centro (e põe fora nisso!), à beira da praia no chamado Firth of Forth, o que acabou sendo bom porque vi uma parte da cidade que não teria conhecido de outra forma. E encontrei o lugrar onde vou morar quando for uma rock star; perto do albergue tinha um castelo com uma placa "À VENDA". Na minha última noite na Escócia fiquei vendo o pôr-do-sol na praia (e uns loucos que tinham coragem de entrar na água) e catando algumas conchinhas...

Acabei não comendo a comida típica escocesa: haggis (que, ao contrário do que os escoceses gostam de contar, não é um bichinho peludo adaptado à vida nas Terras Altas tendo um par de pernas mais curo que o outro, mas simplesmente uma enorme e gorda lingüiça de carneiro). Se vê muito mais homens de kilt em Edimburgo do que nas outras cidades, mas a maioria são velhinhos que tocam gaita de foles nas esquinas por moedinhas ou trabalha em alguma loja...

De Edimburgo, peguei o trem para Londres novamente. Depos de entrar no trem errado (quase que eu vou parar em Glasgow outra vez), perder o trem e ter que esperar uma hora e meia pelo próximo, consegui chegar a tempo na estação Waterloo para esperar meus pais, que estavam chegando de Paris para passar uns dias comigo!!! Foi um reencontro muito feliz, estávamos todos muito emocionados... e foi bom passar vários dias sem precisar gastar dinheiro!!!

Ficamos cinco dias em Londres (visitamos o British Museum, o Museu de História Natural e assistimos Les Misérables; infelizmente não deu pra ver os o Johnny Depp porque a première de Piratas do Caribe II foi três dias antes da nossa chegada, e também não deu pra ver o Christian Slater, cuja peça saiu de cartaz no começo de junho) e passamos três dias em Cambridge, onde eu já havia estado cinco anos atrás. Foram três dias revendo lugares conhecidos e comprando livros e mais livros de biologia, etologia e paleontologia... (que meus pais levaram com eles, claro)

Assim como há cinco anos atrás, fui atacada por uma alergia misteriosa nas Ilhas Britânicas, mas acho que descobri a causa: o molho tártaro dos fish and chips...

No dia 14 eles voltaram pra São Paulo (enquanto eu fui visitar Stonehenge), e dia 15 eu peguei o avião para Lisboa, onde estou agora. Consegui visitar Alcobaça (com o mosteiro gótico maravilhoso onde estão os túmulos de Pedro I e Inês de Castro) e Évora, cercada por muralhas e também contando com uma capela decorada com ossos humanos (essa não é tão trabalhada quanto a da República Tcheca, mas as paredes estão inteiramente cobertas de caveiras)

E, assim, estou me despedindo da Zooropa e me preparando para voar para casa amanhã; eu e a minha mochila. Acho que a ficha não caiu direito; eu esperava estar ansiosa para voltar ou ligeiramente melancólica pelo fim da viagem, mas nenhuma das duas coisas está acontecendo - apesar de eu estar muito, muito feliz e ansiosa por rever minha família e meus amigos queridos... Acho que esta tranqüilidade é uma coisa boa; talvez signifique que algo dessa viagem vai continuar, mesmo depois que eu voltar pra casa, embora eu não possa explicar o quê...

Vamos ver agora como eu vou me ajustar novamente à rotina e aos estudos!

Muitos beijos para todos, e podem ir preparando o pão de queijo!

Tres Meses! (parte 7 de ...7!)

Aaaargh! Chega desses posts atrasados! Daqui a pouco eu ja to voltando! Do meio pro fim, esse post esta ultra-mega-resumido, pra tentar acabar com isso!

Minha primeira parada na Polonia foi a capital, Varsovia. Nao e uma cidade muito turistica, com excecao do centrinho. A cidade foi destruida na Segunda Guerra Mundial e reconstruida sob dominio sovietico. Apenas a praca central e uns pouquissimos quarteiroes ao redor dela foram reconstruidos como eram antes, em estilo medieval. O resto da cidade tem predios residenciais sem graca (todos iguais, quadradoes), alguns predios publicos monumentais bons pra turista tirar foto mas que eu nao chamaria de "bonitos" (particularmente um ao lado da estacao de trem, nao me lembro o nome hoje, alguma coisa da ciencia... Meu guia diz que os poloneses afirmam ter a melhor vista da cidade do alto deste predio, pois e o unico lugar de onde nao se pode ve-lo!) e predios bem mais recentes, esses bem modernos, de aco e vidro, mas tambem nao necessariamente bonitos...

A estacao de trem e suas galerias comerciais sao um verdadeiro labirinto! Nao ha como nao se perder naquele lugar, especialmente se vc precisa consultar o guia para ver como se diz "saguao principal" em polones! Eu nao falava uma unica palavra na lingua. Talvez por isso tenha achado as pessoas (vendedores, garcons, bilheteiros, ate gente do escritorio de informacoes turisticas) extremamente grossas... Falam de Paris, mas o unico lugar onde as pessoas foram antipaticas comigo ate agora foi a Polonia.

Alem do centro, Varsovia tem outra atracao interessante: um parque, onde fui atraida por um "Castelo D'Agua". O tal castelo foi bem decepcionante, mas teve um show de pavoes e tambem ha dezenas de esquilos pelo parque. Voce pode comprar sementes na porta antes de entrar e dar para eles, eles vem comer na sua mao! Eu nao sabia das sementes, mas mesmo assim eles vinham cheirar a minha mao... Muito fofos!

Minha proxima parada foi Cracovia. O centro antigo e muito lindo e cheio de artistas de rua, de velhinhos tocando sanfona a hippies tocando tambores e garotos dancando break; no dia seguinte ao que eu cheguei teve uma apresentacao na praca central com dancas tipicas, e algumas bandas atuais tambem... Mas o melhor na Cracovia foi mesmo a comida: barata e deliciosa! Especialmente nos tipicos "milkbar", um restaurante barato bastante frequentado por jovens. Humm... estou com saudades da comida e dos precos poloneses...

No meu terceiro dia fui visitar uma mina de sal (o nome da cidadezinha onde ela fica e alguma coisa com W; nunca vi uma lingua com tanto W!) Foi bem interessante, pois ha esculturas feitas de sal, estalactites, estalagmites e ate uma igreja la dentro, com imagens esculpidas no sal pelos proprios mineiros!

No meu ultimo dia na Polonia, fui de onibus visitar a cidade de Oswiecim (mais conhecida pelo nome alemao: Auschwitz), com os campos de exterminio nazistas Auschwitz e Birkenau ou Auschwitz II. Chorei muito... E mais ainda ao pensar que, mesmo que sem toda aquela... infra-estrutura... ha atrocidades semelhantes acontecendo neste exato minuto! Eu lia os monumentos em homenagem as vitimas pedindo para que aquilo nao aconteca nunca mais, e pensava nas guerras na Africa, que o mundo simplesmente ignora... muito triste.

Eu tinha ido pra la de onibus, que para na frente do campo de Auschwitz, e de la peguei um onibus gratuito qte Birkenau. Este fica aberto ate anoitecer - tipo umas nove da noite... Eu sai de la umas sete horas, para pegar o onibus de volta para Auschwitz e, de la, o onibus de volta para Cracovia. Acontece que o ultimo onibus para Auschwitz era as seis horas! Eu perguntei para os guardas como voltar para Cracovia - nenhum deles falava ngles, mas um deles falava italiano e me explicou (em italiano) como chegar na estacao de trem - e fui andando para a estacao. Quando eu cheguei la, eram quase sete e meia e o ultimo trem para Cracovia tinha saido as sete horas, o proximo so as tres da manha! Fiquei presa em Oswiecim! Fui andando ate o campo de Auschwitz, mas o ultimo onibus era as seis e quinze; um senhor muito simpatico me explicou o caminho ate a rodoviaria, onde uma atendente muito antipatica disse que o proximo onibus, so as cinco da manha - e fechou a janela da bilheteria na minha cara quando eu perguntei se podia usar o banheiro (o da estaca de trem ja estava fechado, e nao ha muitos banheiros publicos na cidade...)

Tive que esperar ate as onze da noite, quando peguei um trem ate a cidade de Trzbinia (se pronuncia "tchebinia") e, de la, outro trem pra Cracovia, quase duas da manha! Cheguei no albergue mais de tres horas! E eu que queria sair as oito para pegar o trem cedo pra Praga... Desisti, claro, estava muito cansada; dormi ate tarde e peguei o trem a tarde, passei o dia viajando...

Agora comeca a parte ultra-mega-resumida! Passei tres dias em Praga, achei a cidade muito bonita mas, talvez porque estava chovendo (e muito!), nao achei taaao maravilhosa quanto dizem... Tenho certeza que a "Charles Bridge" deve ser completamente diferente num dia de sol. Fiz um passeio de uma tarde ate a cidade de Kutna Hora, onde ha uma igreja toda decorada com... ossos humanos! Macabro...

De Praga fui para uma cidadezinha chamada Cesky Krumlov. Linda demais! Tirei muitas fotos (q acho que vcs so vao ver quando eu voltar, infelizmente...). So a viagem de trem ate la ja vale o passeio; campos de florezinhas amarelas a perder de vista e florestas.

De la, fui para Viena, na Austria. Cidade grande, me lembrou um pouco Paris... Assisti O Lago dos Cisnes na Opera por tres euros!

Minha proxima parada foi Budapeste, na Hungria, onde peguei muita chuva e apanhei uma gripe... Visitei os banhos termais, fiz uma massagem de 15 minutos e comi muitas cerejas (tinha uma cerejeira carregada perto do albergue).

Eu queria ir de la para a Croacia, mas o transporte demora muitas horas e ha pouca opcao de acomodacao, e eu ja estava com prazo para chegar na Inglaterra - tinha comprado ingresso para um show do Elton John dia 24 de junho! Passei pela Austria mais uma vez (Salzburgo, cidade da Novica Rebelde; continuava chovendo, o que limitou um pouco o meu passeio... Acabei me refugiando no Museu de Historia Natural) e entrei na Suica.

Minha primeira parada foi Zurique. O centro historico e bonito mas nada muito especial... A igreja com vitrais de Chagall estava fechada para reformas. Fiz um passeio de um dia para Lucerna, essa sim muito linda. Tirei muitas fotos - inclusive de gado "highlander" (o que estava fazendo ali, eu nao sei!). Depois viagei para Berna, que eu amei. E muito linda e agradavel, e cheia de museus e coisas para ver. Eu visitei apenas a casa onde Einstein viveu e o Museu de Historia Natural (maravilhso!, pena que so deu pra ver metade antes de me expulsarem de la pra fechar - eu fiquei mais de uma hora so examinando os fosseis!). Tambem assisti uma palestra sobre o desenvolvimento economico da Colombia (com direito a "comida" e vinho de graca no final!).

Tambem visitei a cidadezinha de Grimmelwald, nos Alpes, com 150 habitantes. Foi muito bom; a paisagem e muito diferente e da pra fazer varias caminhadas pelas montanhas.

Minha ultima parada na Suica foi Genebra, ja com mais cara de cidade francesa do que suica. Fiz questao de visitar a ONU e o Museu da Cruz Vemelha. Entao fui para Nice, na Franca! O clima ja tinha mudado completamente - comecou a esquentar ainda na Suica, agora estava bem quente. Caminhei bastante a beira da praia, fiz um passeio ate a metida Monaco (onde fiz questao de visitar o Aquario e fotografar as Caulerpas taxifolias assassinas), e comecei a ir para o Norte, para a regiao da Provenca, mais especificamente a cidade de Avignon (com direito a um dia em Arles, onde Van Gogh viveu e pintou o famoso quadro de seu quarto; a casa foi destruida na Segunda Guerra mas fizeram uma "reconstrucao" do quarto (baseada nos quadros) numa casa proxima - armadilha pega-turista!

Entao fui para Tours, no Vale do Loire, de onde fiz alguns passeios para ver castelos (nao muitos, o calor estava demais e o transporte nao e muito pratico... A melhor forma de conhecer a regiao e de carro.)

Passei um dia na minuscula cidade de Pontorson para visitar o Monte Saint Michel (a vista e simplesmente incrivel!), de onde voltei andando (10 kilometros!), e fui para minha ultima parada antes de deixar o continte europeu rumo as Ilhas Britanicas: Paris outra vez!

Tambem li bastante nesse tempo todo... desde que terminei o livro do Ewan já li Little Women, A Cor Púrpura (adorei, simplesmente nao queria que acabasse!), Brokeback Mountain (conta, mesmo só tendo 50 páginas), Podia Ter Sido Diferente, Walden (de Henry David Thoreau, aquele do "Fui à floresta porque queria viver de verdade/Eu queria viver profundamente, e sugar toda a essência da vida/Fazer apodrecer tudo o que não era vida/E não, quando viesse a morrer/Descobrir que não vivi"); Crime e Castigo (que eu amei!), The bookseller of Kabul, Heidi (enquanto estava na Suica!) e O Clube da Felicidade e da Sorte.

E, com isso, encerro o relato defasado! O proximo post ja sera sobre minhas aventuras nas Ilhas Britanicas (a partir do dia 21 de junho)

1.6.06

Tres Meses! (parte 6 de ...?)

A viagem de trem entre Antuerpia e Amsterdam foi memoravel. Primeiro, eu encontrei uma garota escocesa com quem tinha conversado no albergue em Bruges. Ela ia pegar o mesmo trem que eu, mas descer em outra cidade. Ficamos esperando o trem juntas.

Quarenta minutos depois do horario em que o nosso trem deveria partir, o trem que deveria sair antes dele CHEGOU na estacao! Esse era um trem mais rapido e caro, com menos paradas, mas tambem indo para Amsterdam... Eu sabia que nao podia pegar aquele trem com a minha passagem, mas fui tentar falar com o fiscal, saber o por que do atraso dos trens (porque ninguem explicava absolutamente nada na estacao!), mas o fiscal me ignorou completamente e nem olhou pra mim enquanto apressava os passageiros para entrar no trem. Eu, correndo atras dele, cutucando e quase a ponto de xingar o cara, quando ele entra no trem e, um instante antes da porta fechar, faz sinal para eu entrar...

Meio hesitante, eu entro no trem (nao tive nem tempo de dizer tchau para a escocesa!) e a porta se fecha atras de mim. Eu me sento num banco na passagem entre os vagoes, com mais tres pessoas que tinham passagens para o outro trem: um casal de ingleses, ja idosos, com pressa porque iam pegar um voo para a Argentina em Amsterdam, e um russo. Os tres ja viajaram bastante pelo mundo, e foi muito legal conversar com eles durante a viagem. O fiscal explicou que um cabo eletrico (os trens do Benelux funcionam com cabo eletrico) tinha arrebentado; por isso o atraso. Ele foi muito simpatico, ate contou resumidamente a historia da Holanda para nos.

No mesmo trem havia uma mulher inglesa que trabalhava na televisao; ela havia feito um documentario sobre a sexualidade entre jovens muculmanos na Holanda (que fez muito sucesso, segundo ela). Ela estava muito estressada porque o chefe dela nao queria acreditar que o trem estava atrasado e estava brigando com ela pelo telefone (!); ele so se acalmou quando o fiscal (!) falou com ele e disse para olhar na pagina da internet.

Enfim... em Amsterdam estava frio... Eu cheguei as vesperas da Festa da Rainha, ou Orange Party, que segundo o australiano dono do pub/albergue em que eu fiquei na Antuerpia e "a melhor epoca do ano para se estar em Amsterdam". Hum... Ja no dia em que eu cheguei, quando estava andando por perto do albergue, jogaram uma bexiga d'agua na minha cabeca - nao estourou na minha cabeca, para a minha sorte (estava frio), estourou quando caiu no chao, mas doeu... Na festa em si, os holandeses se vestem de laranja, como sinal de apoio a monarquia (na pratica, a maioria dos "laranjas" eram turistas...) e ha musica ao vivo por toda a cidade, nas ruas e pracas. Essa parte eu achei legal. Mas ao longo da tarde as ruas foram ficando tao apinhadas de gente que nao dava pra andar, eu voltei para o albergue para me refugiar por algumas horas. Acabei ficando amiga de uma senhora inglesa muito simpatica, que tinha visitado a Holanda em 1952, se hospedado em albergues e tudo o mais, e agora estava visitando outra vez, mas tinha sido pega de surpresa pela Festa Laranja.

Quando sai outra vez, no final da tarde, as ruas e canais estavam imundos, uma nojeira! Nao fiquei com uma impressao muito boa da festa, nao... Mas gostei muito do museu Van Gogh e de visitar a Casa de Anne Frank (triste, mas tem que visitar!), e a cidade em si e muito bonita... So achei que nao combinou muito bem comigo!

Tambem fiz viagens de um dia de Amsterdam ate Haia (estava chovendo sem parar... Mas foi muito legal porque, quando estava em uma loja, comecou a tocar a musica Mensagem de Amor, gravada pelo meu priminho Lucas Santtana!!!) e ate o parque Keukenhof (que se anuncia como o parque primaveril mais bonito do mundo... talvez seja mesmo). Na verdade, eu estava sonhando com campos de tulipas de meio metro de altura a perder de vista. Ate considerei pegar um trem ate Haarlen, alugar uma bicicleta e pedalar 30 kilometros ate Leiden, pois e entre essas duas cidades que estao os maiores campos de tulipas. Mas acabei me contentando com o parque, mesmo...

De Amsterdam, voltei para a Alemanha. Desta vez, peguei o trem ate Hamburgo. Eu tinha incluido Hamburgo no trajeto como caminho para ir a Dinamarca, mas enquanto estava na Holanda percebi que estava cansada do frio... (mal sabia eu que, em Junho, estaria tao gelado quanto agora!) Entao deixei a Dinamarca para uma proxima viagem.

A viagem de trem foi bem legal, com direito a tulipas (nao a perder de vista, mas...), ninhos de cisnes, coelhinhos, veadinhos... Estava muuuuuito quente em Hamburgo, ate me queimei de sol! Nos dois dias em que estive la, andei praticamente a cidade toda! Fui de um lado a outro a beira do rio (ate sai do mapa, para conhecer a "praia"), parei pra descansar nos parques (ate uma aranha comecar a descer pelo meu cabelo! Aargh, tenho arrepios so de lembrar!), vi um monte de esquilos... Foi muito gostoso!

De la fui para Berlim, onde fiquei hospedada na casa da Maristela, uma amiga de um primo, muuuito simpatica, uma brasileira casada com um alemao com dois filhos pequenos (confesso que, quando o mais velho falou "estamos no quinthal" um dia, tive um flashback desagradavel das aulas de bioquimica!) Foi muito bom ficar em uma casa, com outro ritmo... Nao queria ir embora!

Em Berlim usei bastante o transporte publico. Mas tambem andei bastante, claro... Nao visitei muitos museus, embora haja varios na cidade; estou bastante exigente com relacao a museus depois de quatro meses viajando. Vou ter que voltar a Berlim outra vez para ver a Nefertiti! Mas visitei o famoso Zoologico, vi um panda (dormindo), gorilas, chimpanzes, orangotangos... (hehehe) Visitei tambem o Checkpoint Charley, sobre a historia do Muro de Berlim, interessante. Passei diversas vezes pela Potsdammer Platz (era onde eu pegava o S-Bahn para ir pra "casa"), uma area que antes da derrubada do Muro era "terra de ninguem", e hoje esta cheia de predios modernos, cinemas, teatros, cinemas 3-D, shoppings... Tambem fiz uma visita rapida a cidade de Potsdam, para ver o castelo Sanssouci.

Acordei bem cedo no meu ultimo dia la, para pegar o trem para a Polonia... Ate esqueci de devolver o mapa da cidade que a Maristela me emprestou.

(fim da parte 6)